As invasões de quadrilhas a casas e condomínios têm motivado preocupação em moradores de diferentes bairros de São Paulo. Cerca de 100 investigações de furtos desse tipo estão sendo conduzidas na 4ª Delegacia da Divisão do Patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, especializada em investigar esse crime. Outras delegacias também monitoram ocorrências e moradores de bairros nobres relatam alta de casos.
Enquanto a polícia busca prender as quadrilhas em meio à alta de furtos e roubos no Estado, síndicos de prédios em bairros como Perdizes, na zona oeste, e Santa Cecília, na região central, contam que a percepção é que os casos de invasões têm crescido. Como efeito disso, administradores de condomínios reveem protocolos de acesso aos prédios e monitoram movimentos suspeitos.
Líderes de entidades que representam os bairros, por sua vez, orientam moradores a adotar novas medidas de segurança e a estreitar a relação com vizinhos. O Estadão explica abaixo como funcionam esses crimes e reúne algumas das principais dicas de proteção que podem ser adotadas pelos moradores.
Quais são os focos de quadrilhas especializadas em invadir residências?
Quadrilhas especializadas em invasões têm como foco residências e condomínios em bairros nobres. Em São Paulo, esse tipo de crime tem sido registrado em locais como Vila Mariana, Moema e Morumbi, na zona sul, e Perdizes, Pacaembu, Higienópolis e Pinheiros, na zona oeste. “Normalmente, são bairros de alto padrão”, explica Vinicius Nogueira, delegado assistente da 4ª Delegacia da Divisão do Patrimônio.
As casas das vítimas são observadas por um tempo ou mesmo escolhidas no próprio dia do crime. Normalmente, criminosos rondam os bairros de carro durante o dia para observar o comportamento dos moradores. Feriados ou finais de semana são as datas mais recorrentes para o crime, uma vez que há menos movimentação nas ruas.
Como os criminosos invadem prédios?
Para entrar em prédios, criminosos buscam enganar os porteiros – passando-se por moradores, visitantes ou prestadores de serviço – ou mesmo se aproveitar de brechas de segurança. Em alguns casos, por exemplo, membros de quadrilhas esperam haver grande fluxo de pessoas entrando no prédio para se misturar em meio a elas.
“Estamos tendo até alguns casos de pessoas que vêm com o quipá – para tentar se passar por morador, já que a região tem muitos judeus – e tentam invadir o condomínio”, diz Marco Antônio De Marco, do Conseg de Santa Cecília, entidade que faz a ponte entre moradores e forças de segurança pública. Ele também é síndico de um prédio na rua São Vicente de Paula, nos arredores do Shopping Pátio Higienópolis.
Como proteger minha casa quanto a invasdes?
“Os mecanismos de protecao residencial sAo os que mais impedem esse tipo
de crime”, diz o delegado Nogueira. “Alguns exemplos sao cerca elétrica,
portao reforgado, grade, porta blindada, vidro blindado “Ao mesmo tempo,
reforgar a seguranca das portas, com trancas adicionais, e mesmo investir em
sistemas de camera de monitoramento, podem causar empecilhos aos
criminosos.
O delegado reconhece que nao sao todos que tém poder aquisitivo para
adotar essas medidas, e que elas sao garantia de que o crime nao ira ocorrer.
Mas diz ser importante ter em mente algumas dessas acées.
“SAo mecanismos para dificultar. Vocé comec¢a a criar empecilhos para agirem
e diminui as probabilidades do crime acontecer isso com vocé”, aponta
Nogueira. A depender do nivel de cooperac¢ao entre os vizinhos, também
podem ser contratados segurang¢as particulares para ruas ou bairros.
Fonte: UOL
Link: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2022/04/27/roubo-de-residencias-em-sp-saiba-como-proteger-sua-casa-ou-condominio.htm